Cartilha sobre instrumentos financeiros sustentáveis
Desde a ECO 92, a comunidade global reconhece a necessidade de promover o desenvolvimento sustentável, aquele que considera o equilíbrio entre o ambientalmente correto, o socialmente justo e o economicamente viável. Em 2015, na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, foram definidos os chamados Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda com 17 itens que refletem objetivos globais a serem buscados coletiva e individualmente por todos os atores no nível público e privado. Segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), serão necessários entre US$5 a US$7 trilhões por ano globalmente para atingir os ODS.
Ainda em 2015, 196 países aclamaram a adoção do Acordo de Paris da ONU sobre mudanças climáticas, com o objetivo de limitar as emissões globais de gases de efeito estufa e o consequente aumento de temperatura da Terra entre 1.5º C a 2°C com relação aos níveis pré-industriais. Segundo o painel de cientistas da ONU para mudanças climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change, IPCC), no cenário “business-as-usual”, o aumento de temperatura global vai chegar a 1.5°C dentro de apenas 12 anos.

De acordo com o IPCC, no “Relatório Especial sobre Aquecimento Global de 1,5º2”, serão necessários investimentos da ordem de US$1,6 a US$3,8 trilhões, anualmente entre 2016 e 2050, no sistema energético para manter a temperatura global em 1,5ºC. Dentro deste contexto, o mercado financeiro exerce papel fundamental na alocação de recursos e no fomento de projetos que atendam aos ODS e às metas pactuadas por meio do Acordo de Paris. Instrumentos financeiros sustentáveis podem servir como propulsores de um novo modelo de gestão de impacto socioambiental, incentivando negócios alinhados com parâmetros Ambientais, Sociais e de Governança (ASG), com benefícios a empresas, investidores, e assim ao mercado e à coletividade.
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