América Latina e Caribe: Análise de mercado das finanças verdes 2019
A emissão de títulos verdes ainda é baixa na América Latina, mas existe um potencial significativo A emissão global de títulos verdes começou com bancos multilaterais de desenvolvimento realizando captação para projetos relacionados às mudanças climáticas em 2007/2008. Os primeiros emissores da América Latina e Caribe (ALC) entraram no mercado em 2014 e contribuíram com 2% do volume global de emissão de títulos verdes (1% dos títulos e 5% dos emissores) até hoje; 41% desse volume corresponde ao Brasil. A ALC tem uma população combinada de 628 milhões de habitantes e uma área de 20 milhões de km2 , que representam, respectivamente, 8% e 15% dos totais globais.1,2 Apesar de somar apenas 6% do PIB mundial, a região contribui com cerca de 12% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE).
Por outro lado, tem muita biodiversidade e é especialmente vulnerável às mudanças climáticas. Isto se deve não apenas à exposição direta a riscos climáticos, mas também devido a uma alta sensibilidade a esses riscos e capacidade de adaptação relativamente baixa.4 A transição para uma economia verde e resiliente é, portanto, crucial para garantir que a ALC consiga reduzir suas emissões de GEE, se proteger melhor dos riscos climáticos e prosperar no longo prazo. Os títulos verdes podem ser um instrumento importante para sustentar tal transição.
Este relatório revela o progresso já alcançado e as oportunidades que os países da ALC têm pela frente. Analisa temas regionais sobre a emissão de títulos verdes, bem como emissões de empresas que operam em setores climáticos e possíveis emissões de títulos verdes por entidades do setor público. Também traz uma visão geral para Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, além da América Central.