Riscos e Oportunidades Financeiras Relacionadas às Mudanças Climáticas: Tendências institucionais dos atores de mercado no Brasil
O avanço das questões climáticas nos debates políticos, corporativos e financeiros é notável, passando de uma esfera institucional para um debate estratégico e de gestão de riscos. Grupos como o World Economic Forum (WEF), o Financial Stability Board (FSB) e o Bank for International Settlements (BIS), além de outras iniciativas e grupos de trabalho do setor privado, aprofundam-se cada vez mais no entendimento e integração do tema em seu processo de decisão financeira.
O entendimento dos riscos climáticos parte dos seus impactos potenciais sobre a própria capacidade produtiva e a estabilidade dos sistemas financeiros globais.
O aumento do número de desastres naturais, a restrição de acesso a insumos e questões como a justiça climática – que abrange os impactos sociais das mudanças do clima – fazem com que cada vez mais atores busquem compreender e aprimorar a gestão destes riscos.
Para compreender o status atual das questões climáticas entre as instituições brasileiras, o Laboratório de Inovação Financeira (LAB) promoveu, com a coordenação do CDP e Stocche Forbes, um estudo que visa ao mapeamento das iniciativas, posicionamentos públicos e compromissos dessas instituições com a agenda climática.
A pesquisa envolveu 14 entrevistas com órgãos do poder público, associações de empresas e de representantes dos diversos mercados ligados ao Sistema Financeiro Nacional.